quinta-feira, 22 de março de 2012

Os pesares da sapatilha

Hoje é dia de... dores no joelho!

Já faz alguns dias que sinto uma dor chatinha na perna e mais especificamente no joelho, e forçando um pouco mais ontem, hoje minha perna está inchada e o joelho doendo mais  =(  por isso resolvi procurar e postar informações importantes a este respeito...joelhos fortes e saúde a todos nós!


Bailarinas têm de aplicar disciplina ao tratamento de lesões para acelerar recuperação do quadro e evitar complicações mais graves

Luiza Carmem tem 17 anos, 6 deles dedicados ao balé, optou pelo estilo por influência do avô e, com o passar do tempo, apaixonou-se pela dança. Atualmente, treina pelo menos duas horas por dia em uma conceituada academia do Rio, de segunda a quinta, e ainda faz uma hora de alongamento, abdominais ou aquecimento em casa para melhorar a performance e evitar problemas ortopédicos freqüentes aos adeptos desse gênero de dança. 

"O mais comum é sentirmos dores nos joelhos, que se desgastam pelos saltos que damos, e machucarmos o pé, por conta das sapatilhas ou de torções. Também há bailarinas que sentem dores por praticarem de forma errada os exercícios e existem casos de meninas que machucam a coluna por serem carregadas de forma errada por bailarinos, mas isso é exceção. É essencial que todas nós tenhamos uma consciência corporal", diz Luiza Carmem. 

Ao longo de sua trajetória, Luiza já bateu o joelho e torceu o pé duas vezes. Em todos os episódios, seguiu à risca as recomendações médicas para interromper a atividade e fazer fisioterapia – atitude que nem sempre é praticada por bailarinas e pode agravar traumas, alerta o ortopedista e traumatologista Eduardo Salamonde. "Quando isso acontece, não há cicatrização total da lesão. Por isso, o local afetado fica inchado depois de atividade física mais intensa e as dores são freqüentes", explica. 

De acordo com o médico, as lesões mais comuns são as relacionadas à sobrecarga nos membros inferiores, como tendinites da pata de ganso (na face medial dos joelhos) ou das musculaturas posteriores das pernas (nos tendões de Aquiles e plantar delgado) e condropatia patelar (lesão da cartilagem articular da rótula). Todas costumam ser tratadas de forma clínica, com o uso de imobilizadores, remédios e fisioterapia, sendo raros os casos de cirurgia. "Só chegam a este ponto os casos negligenciados por pacientes que, muitas vezes, preferem tomar medicação para dor e não param de se exercitar o tempo necessário para a realização do tratamento correto", ressalta.

Salamonde também diz que o condicionamento físico excepcional das bailarinas é um diferencial no tratamento. "O fato de apresentarem musculatura muito desenvolvida e resistente possibilita que realizem alguns exercícios sob supervisão profissional, sem sobrecarregar o membro lesionado e retardar o processo de cicatrização. Dessa forma, não ficam muito tempo paradas e não há atrofiamento dos músculos que não estão acometidos pela lesão", explica.

De acordo com o ortopedista, a principal forma de prevenir acidentes nos treinos é respeitar os sinais do próprio corpo. "Bailarinas possuem uma carga de trabalho físico que beira o limite da resistência, de modo que qualquer fator externo – como uma virose, uma viagem cansativa ou uma alimentação não adequada – pode diminuir temporariamente a resistência da musculatura, ocasionando lesões até mesmo com a carga de exercícios habitual", afirma.

Eduardo Salamonde também destaca a importância de as bailarinas não menosprezarem ou realizarem apressadamente algumas etapas do treinamento – entre elas o alongamento depois dos exercícios – e de serem acompanhadas por um ortopedista qualificado. "Elas devem procurá-lo sempre que sentirem dor ao se exercitarem ou no joelho, ao levantarem para dar um passo ou subir um degrau. Se a dor existe, é sinal que algo não está bem", atenta.

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