Tudo sobre ballet de repertório (em construção)

Esta página é destinada a tudo o que se refere ao ballet de repertório, sua história, seus maiores representantes, vídeos e muito mais.




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A origem do Ballet


O balé surgiu na Itália renascentista do século XV. Dentre outras cidades do norte italiano, Florença criou fortes condições para o surgimento do que seria por muitos séculos uma arte notadamente burguesa.



Até meados do século XV, a dança mantivera-se como uma atividade lúdica, executada aos pares ou em grupos, por nobres, aldeães e plebeus. Dançava-se onde fosse possível: praças, aldeias, castelos, ruas. Entretanto, a própria necessidade de uma ordem mais racional, criada pela Renascimento, tornou a dança algo menos improvisado e mais disciplinado. Suas dimensões foram reduzidas ao tempo e ao espaço.



Os passos de dança passaram a ser nomeados e anotados, o que possibilitou que pudessem ser utilizados em qualquer contexto, quando fosse necessário. O estudo dos passos e a criatividade do coreógrafo tornaram-se possíveis.



Surgiu, então, o balleto (balé). A princípio uma mistura de música, canto, mímicas e coreografia, o balé tornou-se a dança executada no teatro, o espetáculo que o público aristocrático passou a apreciar enquanto expectador e não enquanto participante.



Apenas no século XX o balé deixa de ser uma arte das elites e se expande ao grande público.



Ballet de Repertório - O que é?



Introdução
A palavra repertório está associada à perenidade, universalidade e atemporalidade. Em relação à dança, a palavra está ligada a uma coleção de obras que formam o acervo de uma companhia.

Definição
Existem diversas definições sobre o que é balé de repertório. Alguns consideram como repertório aqueles balés que foram consagrados pelas montagens e remontagens sucessivas e que constituem o acervo de companhias do mundo todo.

Outros, como Eugênia Feodorova, ícone da dança acadêmica do Brasil, afirma que obras de repertório são aquelas que se sustentam universalmente pelo seu caráter épico, universal e paradigmático e pela indiscutível qualidade.

Ric Valdo, ex mestre de balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e do Balé Municipal de Niterói, considera que balés de repertório são apenas aqueles "clássicos" universais com um século ou mais de montagens sistemáticas.



Conclusão
Embora existam muitas e diferentes definições sobre o que são os balés de repertório, há um elemento de caráter técnico comum a todas elas: balé de repertório é o balé clássico dançado a partir de um roteiro, uma história, na qual os elementos estão fortemente ligados. Um espetáculo de balé de repertório é composto por diversas coreografias que juntas constroem a narrativa. Os elementos, como o cenário, o figurino e as músicas dão suporte e força ao enredo.

Os bailarinos principais dançam solos, pas de deux e, juntamente com o corpo de baile, dançam a coreografia de maneira a interpretar a história. Não há uma encenação com falas. Tudo deve ser transmitido por meio do corpo e da expressão.

Elementos
Os principais elementos presentes em um balé de repertório são:
  1. Figurino
  2. Cenário
  3. Música
  4. Corpo de Baile
  5. Solistas

Abaixo, variação de Kitri, personagem de Dom Quixote. No vídeo encontram-se todos os elementos de um balé de repertório citados.


Os mais conhecidos

A Bela Adormecida

Coppélia

Dom Quixote

Giselle

La Bayadére

La Fille Mal Gardée

La Sylphide

O Lago dos Cisnes

Paquita

O Quebra-Nozes

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La bayadere


 Diana Vishneva

Tamara rojo






Música: Ludwing Minkus
Libreto: Khudenov
Coreografia de Marius Petipa.

Estréia no Teatro Marinsky de São Petersburgo, a 4 de fevereiro de 1877.
Bailado em quatro atos e sete cenas
Personagens: Rajá Dugmanta; Gamsatti, sua filha; Solor, um guerreiro; Nikia, a bailadeira;  sacerdote brâmano; Magdaveya, faquir; Aiya, escrava; servidor do templo; bailarino indiano.

A ação transcorre a Índia.

O primeiro ato nos apresenta um templo hindu. 

Solor, contente por ter sido bem sucedido numa caçada, manda um servo levar ao rajá um tigre por ele morto. 

O jovem guerreiro permanece no templo, pois espera ver sua amada Nikia. Quando ele sai um sacerdote brâmane entra com bailadeira, e tenta confessar-lhe seu amor, mas é rejeitado. Irado, jura vingar-se.

O faquir Magda Veyga avisa Nikia que Solor está à sua espera. O guerreiro pede a Nikia que parta em sua companhia. A bailadeira concorda, mas pede a Solor um juramento de fidelidade diante do fogo sagrado. 

O sacerdote brâmane observa a cena.



Segundo ato mostra o palácio do rajá. 
Este se encontra muito satisfeito com o presente de Solor e oferece-lhe a mão da filha. O guerreiro, temendo recusar esta grande honra, e também enamorado da beleza de Gamsatti, aceita, esquecendo o voto sagrado feito a Nikia. Segue-se a Festa do Fogo para celebrar o noivado. Entre as dançarinas estão Aiya, confidente de Gamsatti, e Nikia. O sacerdote brâmane conta ao rajá o que ouviu entre Solor e Nikia. 
Gamsatti ouve está conversa e apressa-se a contar Nikia. Esta se recusa a acreditar, mas a filha do rajá instante para que desista de Solor. A bailadeira ataca Gamsatti com um punhal, mas é detida por um servo Aiya acalma a filha do rajá e se oferece para livrá-la de Nikia.

O terceiro ato é o casamento de Solor com Gamsatti. 
O rajá ordena que Nikia dance com as outras bailadeiras. Durante a dança, Aiya oferece a Nikia uma cesta onde está escondida uma serpente venenosa, que morde Nikia. O faquir mata a cobra, e brâmane se oferece para salvar a bailadeira, desde que ela lhe pertença. Nikia recusa e continua dançando até morrer.


O quarto ato é o reino das sombras. 
Solor está desolado pela morte de Nikia. O faquir procura distraí-lo com uns encanadores de serpentes. 
Solor adormece e sonha que visita, com Nikia, uma terra desconhecida. Surgem os espíritos das bailadeiras mortas. Afinal Solor encontra Nikia e jura que nunca mais abandonará. Este ato coloca no palco 32 bailarinas.

Atualmente, o bailado é levado com cinco cenas. Na versão original, o final era diferente. 
Solor após visitar o reino das Sombras, casa-se com Gamsatti. Mas a profecia da bailadeira realiza. Ecoa um terrível trovão, o palácio cai em ruínas, e todos morrem esmagados.

(fonte


La Bayadère - !991



Descrição do vídeo: The Royal Ballet in La Bayadère The Temple Dancer
Música de: Ludwig Minkus
Orquestra: Royal Opera House
Coreografia: Natalia Makarova
Nikiya: Altynai Asylmuratova; Solor: Irek Mukhamedov; Gamzatti: Darcey Bussel; Brahmin: Anthony Dowell; Raja: Daviv Drew 
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Romeu e Julieta

Diana Vishneva

Tamara Rojo


Nome: Romeu e Julieta, balé em três atos e treze cenas. 
Estréia: 11 de janeiro de 1940, no teatro do Kirov, em Leningrado. 
Coreografia: Kenneth MacMillan, depois de Lavrovsky, assim como outros; Romeu e Juliate é uma das histórias que possuem mais versões em ballet. 
Música: Sergei Prokofiev. 
Bailarinos da estréia: galina Ulianova (Julieta) e Constantin Sergueyev (Romeu).


História
Ato I. Cena 1: No mercado de Verona Romeu, filho dos Montéquio, tenta sem sucesso declarar seu amor a Rosalina e é consolado por seus amigos Mercúrio e Benvolio. As pessoas começam a se encontrar no mercado, e uma discussão ocorre entre Tebaldo, sobrinho dos Capuleto, e Romeu e seus amigos. Os Capuletos e os Montéquio são inimigos eternos, e por isso, logo se inicia uma briga. Os Montéquios e os Capuleto lutram entre si, até que são interrompidos pela chegada do Príncipe de Verona, que tenta dar fim à hostilidade existente entre as duas famílias.

Ato I. Cena 2: A sala de Julieta na casa dos Capuleto Julieta, brincando com sua ama, é interrompida por seus pais. Eles a apresentam a Paris, um rico e jovem nobre que pediu sua mão em casamento.
Ato I. Cena 3: Fora da casa dos Capuleto Os convidados chegam para o baile oferecido pela família. Romeu, Mercúrio e Benvolio se disfarçam com máscaras e decidem ir em busca de Rosalina.
Ato I. Cena 4: O salão de bailes Romeu e seus amigos chegam no clímax da festa. Os convidados vêem Julieta dançando; Mercúrio, vendo que Romeu está hipnotizado por ela, decide distrair sua atenção. Tebaldo reconhece Romeu e ordena que deixe o salão, mas um Capuleto intervém e o acolhe como convidado em sua casa.
Ato I. Cena 5: Fora da casa dos Capuleto Enquanto os convidados deixam o salão, o Capuleto reprime Tebaldo por perseguir Romeu.
Ato I. Cena 6: O balcão de Julieta Sem conseguir dormir, Julieta fica em seu balcão pensando em Romeu, quando ele de repente aparece no jardim. Eles então confessam o amor que sentem um pelo outro.
Ato II. Cena 1: O mercado de Verona Romeu só consegue pensar em Julieta e, vendo um cortejo de casamento passar, ele sonha no dia em que vai desposá-la. Enquanto isso, a ama de Julieta se espreme no meio da multidão para entregar uma carta para Romeu. Ele lê e recebe o "sim" de Julieta para o casamento.
Ato II. Cena 2: A capela Os amantes se casam secretamente com Frei Lourenço, que espera que assim se acabe a intriga entre os Motéquio e os Capuleto.
Ato II. Cena 3: O mercado de Verona Interrompendo a farra, Tebaldo luta com Mercúrio e o mata. Romeu vinga-se da morte de seu amigo e é exilado.
Ato III. Cena 1: O quarto Na aurora de um novo dia, a agitação na casa dos Capuleto é muita, e Romeu deve ir embora. Ele abraça Julieta e parte no momento em que os pais de Julieta aparecem com Paris. Julieta recusa-se a casar com ele, e, magoado com sua recusa, ele a deixa. Os pais de Julieta se aborrecem e ameaçam deserdar a filha. Julieta vai ao encontro de Frei Lourenço.
Ato III. Cena 2: A capela Julieta cai nos pés do frei e implora por sua ajuda. Ele lhe dá um frasco com uma poção que a fará dormir, de maneira que todos pensem que é morta. Seus pais, acreditando estar ela realmente moribunda, irão enterrá-la no mausoléu da família. Enquanto isso Romeu, avisado pelo Frei Lourenço, irá voltar à noite para buscá-la e juntos fugirem de Verona.
Ato III. Cena 3: O quarto Esta noite, Julieta aceita que Paris a despose, mas na manhã seguinte, quando seus pais chegam com Paris, percebem que ela está morta.


(fonte).
Romeu e Julieta - 1995



Descrição do vídeo: Ballet Nacional De La Opera de Paris.
Música de: Sergei Prokofiev
Orquestra: De La Opera National de Paris


Coreografia e encenação: Rudolf Nureyev
Julieta: Monique Loudieres; Romeu: Manuel Legris; Tybalt: Charles Jude; Mercutio: Lionel Delanoe; Paris: Jose Martinez; Rosaline: Karin Averty; 


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Le Corsário

Diana Vishneva

Tamara rojo e Carlos Acosta




Música: Adolpho Adam
História: Lord Byron
Coreografia: Marius Petipa, depois Joseph Mazilier e Jules Perrot
1ª apresentação: 16 de agosto de 1826, Teatrp Scala de Milão – Itália
Balé em 3 atos com prólogo e epílogo.
Personagens principais: Corsários: Ali (escravo de Conrad), Birbanto (melhor amigo) e Conrad (o principal!).
Mercador de escravos: Lankedem; Jovens odaliscas gregas: Medora (a jovem mais bonita) e Gulnara (sua melhor amiga). Paxá Seid




História:



História baseada no poema de Lord Byron. Resultando na criação de 5 balés iniciais.

Prólogo:
 Os corsários são vítimas de uma tempestade no Mar Jônio e seu navio quase naufraga.
Ato I: Conrad, Birbanto, Ali e seus companheiros corsários, após a tempestade, chegam à costa da Grécia e se refugiam do mercador de escravos da região, Lankedem. Gulnara e Medora, jovens odaliscas, descobrem os corsários e, sabendo do perigo que estavam correndo, levam-nos a uma caverna. Medora e Conrad se apaixonam à primeira vista. As jovens, porém, acabam capturadas por mercenários turcos que trabalhavam para Lankedem, o que incita a fúria de Conrad, que jura resgatá-las.
O poderoso Paxá Seid chega ao mercado de escravos em busca de mais mulheres para o seu harém. As jovens capturadas são vendidas a ele, mas Conrad, disfarçado de mercador, consegue resgatar sua amada e algumas outras escravas, o que deixa o Paxá furioso. Junto com seus companheiros, Conrad ainda captura Lankedem.

Ato II: Os corsários retornam à caverna e, embora não tenham resgatado Gulnara, festejam pela missão realizada. Conrad e Medora declaram seu amor, enquanto as outras odaliscas são libertadas por Conrad, mesmo contra a vontade de Birbanto.
O capturado Lankedem faz um pacto com Birbanto, que sentiu-se traído por Conrad, e , depois de entregar uma flor com sonífero à Conrad, consegue fugir, raptando Medora novamente. Conrad e Ali, seu escravo, saem na tentativa de resgatar Medora.

Ato III: Medora é levada ao Paxá e junta-se a sua amiga Gulnara. Enquanto ficam no Jardim Animado (que nada mais é do que um sonho do Paxá, onde todas as suas esposas dançam alegremente), Conrad e seu grupo arquitetam um plano de resgate que acaba bem sucedido: Medora e Gulnara são resgatadas, o Paxá é derrotado e o mercador Lankedem é aprisionado.
Epílogo: Destemidos, os corsários, juntamente com Medora e Gulnara, partem em busca de novas aventuras.

(Fonte)




*PS: Não localizei as informações sobre a produção geral do vídeo.






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