domingo, 22 de abril de 2012

Salmo 121



(Denise Carvalho)

Elevo os meus olhos para os montes
e há um monte deles
mesmo em frente,  quando caminho
no cimo dos montes as Tuas mãos
fazem o resguardo do abismo
a minha fadiga é soletrada nas palavras
com que peço socorro, o meu olhar
por isso se alonga, outras vezes
vou mais depressa
pareço um adolescente a distender as pernas
e corro sem temer o sol
nem os mistérios da lua.
Sou tão pouco perante os montes
mas eles ficam para trás e não são
mais do que poeira amontoada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário