Hoje é dia de...Max Lucado!
Essa semana li o livro "Quando os anjos silenciaram" de Max Lucado, um autor que admiro demais, e não poderia deixar de compartilhar partes de sua obra aqui no blog.
Escolhi este trecho pois trata de algo muito relativo a arte na igreja. Entenda que uma palavra humana tem o poder de dar vida ou matar o sonho de uma pessoa, e isso, infelizmente não é raro na igreja, pelo contrário, é muito comum, no entanto, temos que vigiar e orar para que os nossos sonhos estejam guardados em Deus e para que não venhamos nunca, nem com palavras, nem com atitudes, matar o sonho de alguém.
Deleite-se agora nas palavras de Max...
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Hans Babblinger, cidadão de Ulm, Alemanha, queria voar.
Queria desafiar a lei da gravidade. Queria planar como um pássaro.
Problema: ele vivia no século 16. Não existia aviões,
helicópteros nem máquinas voadoras. Era um sonhador com planos avançados demais
para a época. Queria o impossível.
Hans Babbinger, contudo, dedicou-se a uma profissão cujo
objetivo era ajudar as pessoas a conseguir o impossível. Ele fabricava pernas e
braços artificiais. Trabalhava continuamente porque naquela época a amputação
era uma solução comum para certas enfermidades ou ferimentos. Sua tarefa
consistia em ajudar os deficientes a vencer os obstáculos.
Babbinger sonhava fazer o mesmo para si.
Com o passar do tempo, usou suas habilidades para construir
um par de asas. Breve chegou o dia de testá-las nas montanhas dos Alpes da
Bavária. Ótimo local. Escolheu auspiciosa. As correntes ascendentes de ar são
comuns naquela região. Em um dia memorável, sob o brilho do sol e os olhares
dos amigos, ele saltou do patamar de uma montanha e chegou são e salvo ao solo.
Seu coração vibrou de alegria. Os amigos aplaudiram. e
Deus regozijou-se...
Parece que o rei estaria visitando Ulm, e o bispo e os
cidadãos queriam impressioná-lo. Ao tomarem conhecimento do sucesso do voo de
Hans, pediram-lhe que fizesse uma acrobacia para o rei. Hans assentiu.
No entanto, pediram-lhe que fizesse algo diferente. Uma vez
que a multidão seria muito grande e as montanhas difíceis de serem escalas,
será que Hans poderia escolher um local nas planícies para voar?
Hans escolheu os penhascos perto do Danúbio. Eram amplos e
planos, a uma boa altura do rio. Ele saltaria da beira do penhasco e voaria
sobre a água.
Escolha infeliz. Perto do rio não havia correntes de ar
escendentes. E assim, diante do rei, sua corte e metade do vilarejo, Hans
saltou e caiu como uma pedra dentro do rio – para desapontamento do rei e
humilhação do bispo.
Sabe qual foi o sermão do bispo no domingo seguinte? “O
homem não foi feito para voar.” Hans acreditou no bispo. Submisso à autoridade
da Igreja, Hans abandonou suas asas e nunca mais tentou voar. Morreu pouco
tempo depois, preso à força da gravidade, enterrado com seus sonhos.
A catedral de Ulm não é a primeira igreja a engaiolar um
voador. Ao longo dos anos, os púlpitos tornaram-se exímios na arte de dizer às
pessoas o que elas não podem fazer. Fizeram o mesmo na época de Cristo, fizeram
o mesmo na época de Hans Babbinger e fazem o mesmo hoje – e sabia que isso é tão
repugnante a Deus hoje quanto foi em outras épocas...
Deus quer que você voe. Quer que você voe livre das culpas
de ontem. Quer que você voe livre dos medos de hoje. Quer que você voe livre do
túmulo de amanhã. Pecado, medo e morte. Essas são as montanhas que ele moveu.
Essas são as orações que ele responderá. Esse é o fruto que ele concederá. É
isso o que ele anseia fazer: anseia ver você livre para que possa voar... voar
de volta para casa.
Uma palavra final sobre a igreja de Ulm. Está vazia. Quase
todos os seus visitantes são turistas. E como a maioria dos turistas viaja até
Ulm? Voando... p.75-81
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A maior obra de Deus não está na maravilha das estrelas nem
na imensidão dos desfiladeiros; está em seu plano eterno de alcançar seus
filhos. Por trás dessa busca existe o mesmo brilho que há por trás dos planetas
em órbita e das quatro estações do ano. O céu e a terra não conhecem amor maior
do que o amor de Deus para com você e sua volta ao lar. p.88